sexta-feira, 26 de novembro de 2010



Soneto de bom dia

Lembra quando acordávamos
E descíamos pra tomar café
O sol já tinha inundado toda a cozinha
De luz, calor e perfume de vida

Lembra das xícaras fumegando sobre a mesa
Com café instantâneo, pães e geléia nos convidando
Os teus cabelos molhados e os corpos frescos de banho
E nossos passos apressados pela contramão do tempo

O crachá, as chaves, os óculos, um abraço apertado
Ainda havia tempo pra mais um beijo, e um retoque no batom
Eu abria o portão, fechava a porta, manobravas o carro, me esperavas

Umas últimas considerações, e me iluminavas com teu riso
Sentia mais uma vez teu cheiro, me puxavas, me beijavas
Dávamos um uníssono eu te amo e seguíamos pra mais um dia de nós dois

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