sexta-feira, 5 de novembro de 2010



Poema de telefonema

Quando tua voz me invade pela noite
E me conduz madrugada à dentro
Então me banhas com as palavras
Que a muito estavam engasgadas
Me faz perguntas,
Me faz pedidos,
Faz confissões
Tô com saudade!
Me relata sobre a vida
Sobre as malditas lágrimas
Que custam partir
Sobre o riso que ficou tão sem graça depois daquela noite
E a cama que anda tão vazia
Os olhos tão solitários
Seguem perdidos no horizonte
A esperar a volta sempre que o sol se vai...
Ah se eu pudesse quantos amores
Criaria pra te encher a vida
No vazio que ficou...
Então evitaria o tal presente
O desgosto de não mais te ver...
Hoje o quarto é cidade grande
De ruas e avenidas inabitadas
Vestidas de uma alegria que já não mais ressoa o gargalhar
Agora, qualquer apelo é inútil
Toda desculpa é sem sentido
Logo agora, tudo é simplesmente quase nada
Tudo virou vazio
Se transformou em coração partido
Ne me quitte pas...

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