quinta-feira, 18 de novembro de 2010



Notícias

Ta tudo bem!
Me diz a voz de menina ao telefone
Mas sei que nada está tão bem
Eu que bem sei desvendar as intenções
De cada nuance desse teu jeito de falar
Tudo porque aprendi a te ler até nas entre linhas
Então falamos um pouco da vida
Das faltas e descobertas
E da paz que ainda trazemos nos olhos
Apesar desta paz estar reservada só a nós
Ta tudo bem? Me perguntas.
Dizes que o coração apertou novamente
Ta bom... Confesso...
To com medo.
To sem sono.
Sem chão, sem destino, sem sentido!
To sem dona...
Confesso que meu coração gritou alto
Foi por isso que o teu apertou
Por isso que o teu doeu
Sabe que quando a tua voz me invade
Meus pensamentos são tomados
Me sinto novamente em nosso tempo
Naqueles dias em que a saudade
Nos lançava nos braços um do outro
E sempre dizíamos que tudo ia ficar bem
Pois logo a tarde iria acabar
A noite chegaria, logo seríamos só nós outra vez
Meus braços te esconderiam em mim
E eu me perderia pelas esquinas de teu corpo
Volto a mim...
Volto a tua voz que me fala da nova casa
Falo dos poemas, dos sonetos e dos instantes
Tu ris das coisas que falo
Fazia muito tempo que não ríamos juntos
Percebemos que em algum lugar em nós amadurecemos
Falamos da saúde
A voz segue fraca, o coração segue doente
Mesmo fraca ainda te preciso aqui
E o coração ainda permanece doente de vontade de te ter
Dizes não querer tomar meu tempo
Estamos perto de transpor nossos limites
Pois sabes que meu tempo ainda é todo teu
Ainda que com pesar, me despeço de tua voz
Cerro os olhos o ouço mais uma vez teu amado apelo
Fica bem, ta bom...

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