quinta-feira, 24 de março de 2011




De perto

Quem dera ainda fosse aquela noite
E o silêncio imposto pela madrugada
Não nos tivesse alcançado
Quem dera as ruas ainda estivessem vazias
Despida de passos e vestida de silêncio
Assim ainda seria aquela noite

Quem dera toda conversa pudesse
 Propositalmente ser encharcada de malbec    
A voz tornaria a ser calma e a conversa longa
Quiçá o tempo pudesse seguir em tua direção
E te sussurrasse as coisas que eu não mencionei

Quem dera  toda alegria tivesse a cor do teu riso
E se todo olhar tivesse o calor dos teus olhos
Se todo calar fosse apenas tua timidez
Então eu até diria sobre o bem que te quero
Sobre o tanto das coisas que eu mesmo calei
Só pra não te afastares daquele pudico instante
Só pra quem sabe, dia desses ter ver de perto
Mais uma vez...

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