sexta-feira, 7 de janeiro de 2011



Soneto de desconhecidos

Quem é a pessoa que eu amo?
Sua feição não me chega ao pensamento
Talvez pela distância que esses dias nos impõem 
E por hora nos carregue pra tão longe um do outro

Em algum lugar, sem saber, segue meu amor
Eu que ainda não sei de tua voz
Te espero no silêncio das horas que não chegas
E tramo instantes para o dia em que nos encontraremos

Qual teu cheiro, teus costumes, teu sabor?
Qual é teu nome, és dia, és noite, és flor?
Qual tua rua, qual tua sina, qual teu riso?

Em algum lugar uma mulher espera um homem
Em algum lugar um homem espera uma mulher
Existe um lugar guardado pelo tempo, só pra nós dois

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