terça-feira, 11 de janeiro de 2011




Tu

És feita dessas coisas boas de se lembrar
Tens mel nos olhos
E quando se abre o riso, ah
É como se a vida melhorasse
Tens sossego nos braços
Trazes paz no abraço
Tens cheiro de coisa dengosa
Pareces trazer a alma na pele
Vez em quando se esparrama pela cama
E se perde na preguiça das horas que se vão
Em tardes quentes de verão
Se mistura ao sol pelas praias da cidade
Em noites de fogo
Se derrama em lençóis de algodão
Noutro instante segue firme e impetuosa
Como se fosse uma posseira
Tu és assim, és feita dessas coisas tantas
Eu por vezes penso que não cabes em teu tempo
Tu não tens limites nem fronteiras
Tu não tens medidas
És feita de viço, vida e poesia...

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