sexta-feira, 17 de dezembro de 2010



Nós

Vem comigo
O passado já vai longe
A acenar o pesar da distância
Que se formou depois da despedida
Me dá tua mão e me diga
Ainda me amas?
Teus olhos marejam
Os cabelos caem por sobre a pele branca
Apertas minhas mãos
Me puxas pra perto, e baixinho
Rompes num trêmulo sim
Explodes num sorriso
E uma avalanche de sim te toma
Sim, sim, sim!
Te amo, te amo como no instante do primeiro alumbramento!
Te desmanchas em confissões...
Eu te amo pelos dias que se vão
Te amo nas noites de dor
Te amo no riso saudoso
Te amo na vida que foge pra o infinito do sempre te amar
E eu me espanto com tuas palavras em sussurros
Naufragadas e abafadas no choro do reencontro
Então te proponho palavras guardadas
Vamos voltar pra nosso sobrado
Lá pro nosso canto
Esqueçamos o que deu errado
Vamos mudar de nome
Nomes pra que?
Me chames apenas de amor
Vou te chamar de amor também
Assim seremos sempre nós
Não mais eu, nem mais tu, apenas nós
Faremos em nossa sombra nossa íntima moradia
Seremos segredo revelado
Seremos noite seremos dia
Seremos certeza e teimosia
Seremos graça, beijo e fantasia
Teremos em nossa ausência nossa companhia
Não seremos mais beleza solitária
Nem tristeza transcorrida a se contar
Seremos o constante amanhecer a qualquer hora
Estaremos tão próximos
Nos levaremos na pele, na voz, no olhar
Por fim seremos festa, dança e cantoria
Então, vem comigo
Me dê tua mão
Vem ser nós outra vez

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