terça-feira, 5 de outubro de 2010

Poema de revelação

Tu
Meu centro
Meu canto
Meu ponto
Meu avesso
Meu verso
E anverso
Eu
Que ainda gosto
Do cheiro
Do gosto
Da voz
Da manha
E da súbita entrega
Que me faz urgente precisar
Do riso
Das mãos
Das broncas
Dos olhos marcados
Do corpo molhado
Encharcado
Desmanchado
Espalhado
Por sobre o meu corpo
Agora
És saudade
Ao amanhecer
És vontade
Ao anoitecer
És sol e lua
És calor e febre
És tarde de chuva
És o amor remoçado
Em mim...

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