quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Poema de amanhecer

Enquanto eu falava dos meus medos
Lá fora a madrugada se estendia rua a fora
Guiada pelo vento frio que batia em tua janela
Mas no escuro do quarto eu bem percebi
Teus olhos rendidos em emoção
Enquanto eu me colocava em desconstrução, me mostrando
Me rendendo, me despindo, me expondo
Te fazendo conhecer o inexplicável
Depois, tu me abraçou, me cuidou, me guardou
Nos braços tão cheios de ternura
Outras palavras nos chegaram
Me convidas para ser feliz
Pelos dias que virão
Sem tempo pra ser, nem hora de acontecer
Somos o agora surgindo como o dia que nasce ali fora
Me pedes que te beije
Teu corpo responde ao beijo
Logo me beijas com teu corpo
Me sentes com tua alma
Te acordo, te acendo, te molho as vontades
Te prendo, te mordo e te moldo com as mãos
O dia nasce, fazes meu peito de cama
O silêncio nos toma
Somos possuídos pela profunda vontade de adormecer
É bom dormir perdido em teus lençóis
Guardado por tuas pernas
Aquecido em teus braços
Guarnecido pelo simples querer de estar em ti.

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