sábado, 2 de outubro de 2010

eu te gosto
e te leio nas horas sem tempo
em que a distância se transforma em silêncio
eu te gosto
pelos pensamentos soltos
pelo instante que chegou e nos mostrou
o soar da última canção
do nosso dançar no pequeno espaço da noite que se foi
e trouxe o que hoje há
e hoje, o que há, se não os teus olhos tristes
a conversa monossilábica
mas a mim, eu confesso
sigo com o calor do último momento
e a saudade do que és pra mim, do que és em mim...
eu te gosto, no tempo sem tempo de acontecer
na noite que foi...
na saudade que há...

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